terça-feira, 17 de janeiro de 2012

- Ainda é tempo ?!

Peço mil desculpas por deixar o blog por quase 2 meses sem postar nada foi por falta de tempo mesmo, meu tempo entrou na máquina de lavar e encolheu =/. Enfim, estou aqui para desejar a todos, com um enorme carinho, um feliz ano novo cheio de sabedoria, inspiração, paz saúde e tudo mais que se tem direito para ter um bom ano. Feliz dois mil e doze ...

sábado, 26 de novembro de 2011

- Confins da escrita ...

Pouco adianta escrever um texto com belas palavras se suas emoções não estão impressas nele, pois escrever é expressar as emoções em palavras, é abrir seu coração, é quase como caminhar em um parque em uma bela manhã de sol ao som de pássaros que cantam alegremente e ver as borboletas voando despreocupadamente, é algo realmente maravilhoso, pois é escrevendo que me encontro comigo mesma, me sinto bem, me sinto segura, é só eu e as palavras, ninguém mais além de nós, quase que inseparáveis pois sem as palavras não consigo viver, sem as palavras minha sede não é de água e minha fome não é de comida, sem as palavras eu não sou mais eu.

domingo, 30 de outubro de 2011

- No mesmo lugar




Jamais seguirei
Um caminho
Sem que não possa
Me levar na bagagem.

Hoje sou assim
Amanhã sou assado
Mas nunca serei outra pessoa
A não ser eu mesma

Todo dia diferente
Ao mesmo tempo permanente
Não, não consigo sair de mim

sábado, 29 de outubro de 2011




- Muitas vezes o irreal é tão perfeito que não nos importamos se é real ou se é apenas fruto da nossa imaginação ( Danny Guedes)

sábado, 22 de outubro de 2011

- Vida'

Eu era bem melhor,
Mas a vida virou pó
E se perdeu no ar...
Agora não sei mais por onde andar,
O que procurar.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

- Não há mais fiel ( Meu Yorkshire favorito =D )


   Mãe disse que ele é a coisa mais fofa, meu companheiro de todas as horas, aquele que sempre abana o rabo ao me ver de tão alegre que fica, aquele que quando to quieta vem me pedir de maneira única um cafuné na cabeça, aquele que adora passear ao meu lado e é também aquele que chora quando estou ausente. Não existe mais fiel amigo e companheiro do que meu querido e amado Felicio, mas há ainda quem discorde e diga que os homens “racionais” tem uma capacidade maior de amar do que a dos animais “irracionais”.  Nele confio de olhos fechados e tenho plena certeza que ele não me trai, pois ele, ele sim posso chamar, sem medo de errar, “amigo verdadeiro”. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

- Estação de trem



Uns vão outros vem
A vida mais parece uma estação de trem
Todos tem sua viagem
Sua passagem e bagagem

Uns que chegaram a pouco
Outros que já estão indo

Mas todos tem sua viagem
E é cada um que escolhe
O que leva na bagagem

Mas ainda existem
Perguntas sem respostas
Quem vai chorar e quem vai sorrir?
Quem ficará e quem irá partir?

De onde vem e para onde vai
Não importa mais.

Danny Guedez

domingo, 14 de agosto de 2011

- Flores de Ipês amarelos

 Sim, sou assumidamente
apaixonada por você
Minha querida e amada
For de Ipê amarelada
Tem flores de ipês de toda cor
Mas o meu inteiro amor
Pertence somente a ti
Flor de Ipê amarelo
Não há quem não ache belo
Tua cor, que é amarelo !

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

- Folhinha de abacate ninguém me combate .

- Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundo, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona o fax. Verdade seja dita: entender eu entendo. Mas não faz diferença, os dias passam rápido, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor (Têm coisas que não precisam ser explicadas. Pelo menos não para mim). Tenho um coração maior do que eu, nunca sei minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada). Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de Jornal Nacional, de lagartixa branca, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos dormem e acordam, nunca sei a hora certa. Mas uma coisa eu digo: eu não paro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato com a cara de frente na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar para casa, se eu posso te levar pra mim. Não gosto de meias-palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Aprendi que a palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força. E a força não há de faltar porque - aqui dentro - eu carrego o meu mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas pra pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A - M - O. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço, pra laço de fita e cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa! (E eu - como boa criança que sou - quero mais é rasgar o pacote!)            Fernanda Mello

segunda-feira, 25 de julho de 2011

- Entrevista com a poetisa Camila Paula ( Macabéa de La Mancha )

 Danny: Você é fã do Chico Buarque a ponto de colecionar várias coisas sobre ele? Camila: Eu adoro Chico, mas não tenho muita coisa dele não, só alguns discos. (risinhos) E uma admiração sem tamanho.
Danny: você aprendeu a falar Macabês antes de ser uma Macabéa? (me expressei mal) Como assim?
Danny: Você tem suas próprias gírias isso é considerado uma língua (não seria dialeto? E que gírias são essas?), então batizei de Macabéano (linguagem comum de Macabéas, mas ela é a Macabéa de La Mancha não uma mera Macabéa e eu fui burra =/)
A minha Macabéa não existe sem o Dom Quixote - aprendi a sentir, falar, respirar Macabéa de La Mancha desde que comecei a sentir, falar, respirar através da leitura, sabe? Nós somos um pouco de tudo que vivemos, que nos rodeia, que nos alcança o coração, então eu sou Macabéa de La Mancha desde que sou gente e com o tempo e leituras e releituras vividas aprendi e escolhi ser assim.
Danny: Se arrepende mais do que fez ou do que não fez? Do que não fiz
Danny: Desde quando você escreve poemas? Desde os 13 anos, eu acho. Não sou muito boa em contar o tempo.
Danny: Quais são as 5 pessoas mais importantes para você na vida? Não gosto deste tipo de ‘colocação’. Muitas pessoas são importantes na minha vida de formas diferentes. Mas pra não te deixar sem nenhuma resposta - posso dizer que minha avó é uma pessoa extremamente essencial pra mim.
Danny: Um defeito e uma qualidade? Sou desastradamente desorganizada (assim, dois defeitos mesmo) e simpática.
Danny: De onde você consegue tanta inspiração? É que eu vejo poesia nas coisas do dia-a-dia, no olhar das pessoas, nas coisas que faço, e imagino muito! Acho que a inspiração vem da sensibilidade juntamente à observação e imaginação.
Danny: Como você se descreve em 3 palavras? Flor-estrela-Moinho de vento (Acabei citando símbolos de três elementos – terra, água e ar. Definitivamente não sou fogo?! Rsrsrs)
Danny: Se você pudesse fazer um desejo, qual seria? Desejos... Acho que sou feita deles! Mas tem um que eu não me esqueço – Quando eu tinha uns 10 anos a professora de redação pediu para que a turma escrevesse sobre um desejo, e eu escrevi que queria morar numa cidade onde ninguém ficasse desempregado, com frio ou fome, nem sozinho. Fiz um desenho lindo e um projeto bem autossustentável – Era um lugar bonito, com muitas flores. Uma igrejinha simples no centro, casas de cores diferentes, em cada quintal uma horta bem farta, e um galpão de artesanato, no qual os moradores mais idosos se reuniam aos mais jovens para criar e recriar coisas que pudessem ser utilizadas no dia-a-dia. Na época eu não sabia, mas estava me referindo à vivência em comunidade. Queria que o mundo fosse uma grande comunidade justa, livre e fraterna!
Danny: Uma música que te define? Acho que nada me define (não gosto muito de definições, pois sou ‘de lua’), mas algumas músicas expressam bem o que sinto. Uma das minhas preferidas é Parabólica de Engenheiros do Hawaii.
Danny: Qual seu maior sonho? Acho que meu maior sonho está expresso na pergunta do desejo! :D
Danny: Porque você se tornou poeta? Na verdade, poetisa. Não escolhi ser poetisa, acho que a poesia me escolhe. Ela – a poesia – me bate à porta e eu abro, sabe? Não é questão de mérito, mas de humildade. Quando o ego quer falar mais alto e eu até penso em ‘enfeitar’ algum verso, a poesia não acontece.
Danny: quais os escritores, poetas, ou artistas em geral da atualidade que você considera como sendo admiráveis a ponto de citar? Da atualidade? Bem... não que não existam grandes artistas da atualidade, mas é que só se sabe que uma obra é verdadeiramente arte quando as traças do esquecimento não a corrói... Posso citar Chico Buarque – ele tá lançando um cd novo agora; Wagner Moura - Você conhece alguma coisa que ele tenha feito ou esteja fazendo que não seja de qualidade?; João Falcão – Adoro o cinema que ele faz; Grupo Galpão
de Teatro – perfeito; Antônio Francisco – o poeta da Lagoa do Mato. No mais, como dizia Belchior na canção que Elis magistralmente cantava em ‘Como os nossos pais’: - “Nosso ídolos ainda são os mesmos...’


ATENÇÃO: Quem gostou da entrevista e quer conhecer o blog dela e suas poesias não vão se arrepender aqui esta o link: http://www.macabeadelamancha.blogspot.com/